filha única por 17 longos anos e a família toda morando em outro estado (sem aquela interação com a primalhada por exemplo), em casa, na escola era sempre criança sozinha
daquelas que falam sozinhas, com objetos e dançam na frente do espelho (e até discutem com ele)
brincava sozinha e era feliz assim e nem tinha opção, digo, irmãos!
talvez por isso, nunca tenha me interessado pertencer a grupinhos e
odiava as panelinhas
preferia brincar com meninos mas, como eles são cruéis!
sempre observava a sordidez das crianças umas com as outras: menino x menino, menino x menina, menina x menina, meninos e meninas x animais
há maldade nas pessoas desde muito cedo...
mais observava do que participava das coisas
não fazia questão de estar e sim de apenas observar
mas me furtava, no mínimo, de repetir as atrocidades que eu via
e, ainda criança, me estarrecia
aí cresci
e no mundo corporativo a história se repetia
e era a mesma eu ali
sem me filiar a grupinhos
sem panelinhas
sozinha, sem repetir as atrocidades, desprezo, descaso pelas pessoas e feliz, orgulhosa por isso
observava novamente a sordidez das pessoas
o jogo de interesses e o quanto algumas são más
talvez sejam aquelas mesmas crianças
onde faltou a presença de um adulto pra lhes orientar sobre o que era certo, legal ou ético
sou dessas
e a cada dia que passa, sinto mais e mais orgulho de quem sou
e assim será até o meu último dia por aqui
com um delicioso gole de café!
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