domingo, 14 de setembro de 2014

o não pertencer e um gole de café!



filha única por 17 longos anos e a família toda morando em outro estado (sem aquela interação com a primalhada por exemplo), em casa, na escola era sempre criança sozinha

daquelas que falam sozinhas, com objetos e dançam na frente do espelho (e até discutem com ele)

brincava sozinha e era feliz assim e nem tinha opção, digo, irmãos!

talvez por isso, nunca tenha me interessado pertencer a grupinhos e
odiava as panelinhas

preferia brincar com meninos mas, como eles são cruéis!

sempre observava a sordidez das crianças umas com as outras: menino x menino, menino x menina, menina x menina, meninos e meninas x animais

há maldade nas pessoas desde muito cedo...

mais observava do que participava das coisas
não fazia questão de estar e sim de apenas observar
mas me furtava, no mínimo, de repetir as atrocidades que eu via
e, ainda criança, me estarrecia

aí cresci
e no mundo corporativo a história se repetia


e era a mesma eu ali

sem me filiar a grupinhos
sem panelinhas

sozinha, sem repetir as atrocidades, desprezo, descaso pelas pessoas e feliz, orgulhosa por isso

observava novamente a sordidez das pessoas
o jogo de interesses e o quanto algumas são más

talvez sejam aquelas mesmas crianças
onde faltou a presença de um adulto pra lhes orientar sobre o que era certo, legal ou ético

sou dessas
e a cada dia que passa, sinto mais e mais orgulho de quem sou

e assim será até o meu último dia por aqui

com um delicioso gole de café!


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